Monday, October 02, 2006

A volta da escrita


O grito urge por calar o silêncio,
mas ninguém percebe o tempo
e tavez por isso não escutem o vento que balança e traz lembranças do passado,

O grito murcha ao sentir tudo igual,
perde a vontade de calar o silêncio pois aqui nada faz diferença,
silêncio, gritos, tudo parece mais do mesmo,
e a rotina segue opressora,
opressora?
ora não há opressão onde tudo é igual,
só há opressão onde existe esperança, desejo.

Aqui onde o silêncio e grito se confundem,
nada parece fazer sentido,
ou tudo parece fazer sentido demais,
a nos deixar passivos sem necessidade de ressignificações,
e eu que me percebo morto as vezes em meio a tanto,
só nessas horas é que me sinto vivo,
mas não quero ressignificar nada,
espero o grito, sentado,
canso,
adormeço,
acordarei um dia?


- escrito ao chegar em casa após pálida comemoração dos petitas soteropolitanos com a vitória de Wagner, de fato esperar algo de outrem é algo que nos torna presos e nos tolhe um pouco a liberdade de ser, mas devo confessar que esperava mais vibração desse dito povo festeiro ao conseguirmos derrotar nas urnas o grupo carlista no governo do Estado e no Senado. Talvez festeiro mesmo seja o carioca e a gente só leve a fama.

02.10.06 04:08;23

Salvador

NIlo Santana

1 Comments:

Blogger nilo trindade said...

essa já acho mais legal, uma boa entrada nesse novo blog, apesar de não simpatizar totalmente com a primeira estrofe...

6:46 AM  

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