Monday, December 25, 2006

Stapunt...

Um gosto chato de ciúme na boca,
Uma certa tensão no ser,
Uma leve sensação de frio e mal estar na barriga.

Não há caminho que leve a uma verdade absoluta dos fatos,
Todos nos levam a suposições que nos torturam em imagens,
pela nossa incapacidade de alcançar a onisciência.

Toda verdade é um ato de fé,
O que sobra são discursos, mais ou menos “verificáveis”.

Um gosto chato de ciúme na boca,

Nos é impossível refazer o caminho da verdade e do passado,
mas de nossos atos não podemos no livrar,
independente da ilusão de caminhos que percorramos em busca de uma verdade que nos acalme,
que nos devolva o gosto doce do existir e do compartilhar.

Gosto amargo, quero-te longe de minha boca,
longe de meu ser,
Mas como expurgá-lo me é desconhecido.

Levemente desço a escada ao inferno,
E retorno,
escolho a entrega e o compartilhar, até onde for possível.

E posto ser amargo,
Me entregarei e me deliciarei em ti enquanto formos obrigados a estar juntos,
Enquanto isso me for possível.

Nilo Santana, 25 de dezembro de 2006 14:45;57

p.s. o mundo é realmente mto engraçado, e nós seres humanos somos tão toscos e tão maravilhosos ao mesmo tempo. nem me importa tanto o sentido da vida ou coisa assim mas nossa impermanência continua a me afligir, de tempos em tempos, de crises em crise... nunca o suficiente para que resolva decididamente me encontrar.

4 Comments:

Blogger nilo trindade said...

a primeira leitura creio que se fosse retirado o segundo terceito e quinto estrofes resultaria uma poesia... como está me parece meio poesia meio discurso..

mas enfim.. vou deixar assim mesmo que foi como saiu..

10:44 AM  
Blogger Juliana said...

eu

5:16 PM  
Anonymous Anonymous said...

gostei do poema.

4:11 AM  
Anonymous Anonymous said...

fui eu que gostei do seu poema.

4:12 AM  

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