Tuesday, February 20, 2007

Alice

Diante de um ponto Alice se depara com a dúvida. Para onde seguir? Qual caminho escolher? Alice olha e tenta antever o futuro, se empolga com um, amigos, amantes, dinheiro, nenhum grande amor, pára. Volta no tempo, o olhar segue por outro caminho, dinheiro, nem tanto, amigos, nem tanto, amantes, a mais, grandes amores, um, perdido cedo, ao menos tive, sou romântica, pensa Alice, ou quero ser....Quero? Alice resolve novamente olhar o caminho anterior e se surpreende, amigos, nem tanto, amantes, tantos quanto, amores, um platônico e um vivido e desvivido (a arte do desencanto), dinheiro, ainda mais, Alice pára. E respira. Assusta-se com a volatilidade das coisas, ou dos futuros, ao menos. Mas Alice não questiona isso. Não quer encontrara Verdade por detrás do volátil, do efêmero. Não quer descobrir o perene além do mutável e ilusório, como quis Gautama. Alice quer viver. E sentir. E sonhar. Alice assustou-se mas decide. Fecha os olhos. Concentra-se em nada ver. E corre em disparada, na direção do outro caminho.

Escrito no avião em direção a Maceió, madrugada do dia 09 p/ o dia 10 de fevereiro de 2007.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Amo Alice de paixão, leio umas duas vezes por ano, pra encontrar novos pensamentos, escondidos as claras em cada palavra.

4:34 PM  
Blogger Priscila Cristina said...

Uauu... que sorte da Alice, ter um admirador tão sensível! ^^

1:36 PM  

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