Sunday, May 13, 2007

biscoito da sorte

enquanto passaros voam no ceu,
e crianças choram de fome,
enquanto o mundo insiste em girar,
e vc insiste em não cair, apesar da tontura,
enquanto gritos de multidão, explodem ao teu lado,
saíndo de um aparelho televisor que transmite emoções distantes,

enquanto o dia vira noite,
e vc apenas se vira e volta pra casa,
enquanto o estranho da esquina se descobre em um documentário sobre abelhas,
enquanto o mundo insiste em girar,
e crianças choram de birra,

enquanto tudo isso acontece,
vc acordará algumas vezes assustada
e voltará a dormir,
vc irá rir de si mesmo e dos outros tbm.,
vc sentirá fome e sede,
desejará amar,
odiará alguém,
sairá pra dançar,
terá dor de cabeça,

enquanto o mundo continua a girar,
os fatos se amotoam e o presente vira pó,
e novas crianças choram,
e outros passaros voam,
alguns morrem.


Somos tão diferentes e tão iguais,
Te desejo uma boa semana anyway,
E qquer erro na previsão a culpa é da bola de crystal que estava quebrada,
Ou das crianças que insistem em chorar, de fome ou de birra,
Enquanto lá fora- ou aqui dentro- uns se amam outros se matam, mas tdo segue girando sem nos dar tempo de realmente compreender algo disso tdo, ou compreender se existe algo a ser compreendido.

3 Comments:

Blogger nilo trindade said...

esse texto drenou meu sono...
tentava ser algo como lendo a sorte de uma amiga da mila...

algumas coisas impediram a intuição de fluir solta em toda a psicodelia que a divindade nos permite... por outro lado alguma outra coisa drenou meu sono e fez surgirem essas linhas...

acho que sandman está brigado comigo... o senhor dos sonhos parece dificultar meu acesso a seus dominios...

hj assisti a ultima cartada ... fiquei tenso e preocupado em alguns momentos.... mas cheguei em casa sem maiores percalços...

10:57 PM  
Anonymous Anonymous said...

Estava dando uma ajustada no Civilizados hoje e aproveitei pra visitar os blogs dos colaboradores deste ano e me deparei com este poema seu.
É interessante perceber, Nilo, o quanto a gente vive no automático. Estamos andando pra frente, pra frente, de vez em quando olhamos para os lados, ou alguma coisa atravessa as vidraças e não dá para não notar que a vida está acontecendo e a gente mal consegue notar. São ciclos, rotinas, rituais, tudo para mecanizar o ser humano ao máximo, jogá-lo no automático.
Belo poema, Nilo.
Deixo aqui um abraço.
Nem sabia que você era de Salvador! E nem que era frequentador da Nave. :D Eu, por sorte, vim passar uns dias aqui em Salvador. Fugi de Sampa por uns dias e vim me esquentar aqui e aproveitei e peguei carona na Nave.

Abraços,

Janaína Calaça.

9:08 PM  
Anonymous Anonymous said...

é preciso novas publicações, onde estão seus poemas quando vc tinha entre 15 e 18 anos, eram muitos bons, eu gostava muito.
esse poema é muito representativo. gostei, mas eu o considero uma poesia não artistica.

4:32 AM  

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