Wednesday, December 10, 2008

o fim das ideologias ou feliz ano novo parte I

2008 chega em casa exultante. Ri diante do espelho de tanta felicidade. Os importantes papéis que 68 lhe dera ele guarda bem guardado no velho Baú. O velho baú foi presente que recebeu de 1937. Era uma pena que 2008 e 37 não se falassem mais. É verdade que 2008 esperou muito tempo por 1937, cerca de 40 anos. E não é menos verdade que somente no ano de 1977 é que o deprimido 2008 se deixou envolver por 2017. Parece que ele tem realmente um fraco por setes. O que se costuma realmente dizer é que todo o amor que 2008 dedicava a 37 parece ter impressionado 17. 2017 nunca foi uma menina tímida, dessas que os rapazes não prestam atenção. Sempre muito cortejada, dizem que certa feita 17 conseguiu manter casos escondidos com 2033, 2047, 2051 e 2018, dizendo a todos que estava determinada a romper com 2.015, seu namorado oficial. Dizia que quinze era muito imaturo e que ela queria alguém com quem pudesse aprender coisas novas. O fato é que ela foi descoberta quando 2033 teve um caso homoafetivo com 2047. Apesar de também estar “traindo”, 2033 ficou furioso ao saber que fora enganado por 17 (2033 de fato sempre foi conhecido por ser extremamente orgulhoso e contar vantagens, embora em seu blog 2047 diga que 2033 é um doce de ano e que esse orgulho todo é só fachada) e resolveu contratar um detetive que acabou descobrindo os casos de 17 com 2051 e com 2018. Depois disso escreveu um livro de memórias que está entre os mais lidos no mundo dos anos que ainda estão por vir. Onde conta como descobriu sua homo-anualidade e como os anos-fêmea são muito mais perversos que os anos machos. A partir da terceira edição ele passou a “manerar” nas críticas aos anos fêmeas em virtude do mal estar gerado pelos protestos do movimento feminista que se reorganizava no mundo dos anos que estão por vir. Bom mas não estamos aqui para falar de 2033. Aliás, seu livro, apesar de um sucesso, não prejudicou a imagem de 17. Um dos grandes senhores do tempo, se bem me recordo um dos senhores do tempo do terceiro raio, aquele de barba alaranjada, certa vez disse que os anos do por vir tendem a ser muito mais progressistas do que os anos já findos. Mas que uma vez saídos do mundo do por vir e fechados no mundo dos já findos em regra tornam-se mais conservadores e caretas. Os senhores do tempo possuem trânsito livre entre os dois mundos. Eles devem saber das coisas. Eu sou um simples viajante. Voltemos a história.

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