ode ao tempo
e o que era só o tempo a passar...
olhávamos todos em outra direção,
o contrário seria quase uma heresia,
não que refletíssemos muito sobre isso, mas agíamos como se assim o fosse.
olhávamos todos em outra direção,
ah e por vezes distraíamo-nos...,
e nossos olhares eram felizes,
assim como nossos corpos que se aninhavam com outros e se regojizavam,
em gritos, gozos e pulsações,
ora frenéticas, ora calmas, sempre vivas, bem vivas,
naqueles instantes.
olhávamos todos em outra direção,
mas no mais das vezes sequer percebíamos a escolha,
era quase automático,
quase natural,
como se nunca pudessêmos tê-lo feito diferente.
olhávamos todos em outra direção,
mas nem sempre nos divertíamos,
nem todos os gemidos eram felizes,
nem todo o pulsar nos trazia paz.
e o que era só o tempo a passar,
logo nós que não acreditávamos no tempo,
não que refletíssemos sobre isso, mas agíamos como se assim o fosse,
olhávamos todos em outra direção,
e sem que percebêssemos,
passamos nós.
olhávamos todos em outra direção,
o contrário seria quase uma heresia,
não que refletíssemos muito sobre isso, mas agíamos como se assim o fosse.
olhávamos todos em outra direção,
ah e por vezes distraíamo-nos...,
e nossos olhares eram felizes,
assim como nossos corpos que se aninhavam com outros e se regojizavam,
em gritos, gozos e pulsações,
ora frenéticas, ora calmas, sempre vivas, bem vivas,
naqueles instantes.
olhávamos todos em outra direção,
mas no mais das vezes sequer percebíamos a escolha,
era quase automático,
quase natural,
como se nunca pudessêmos tê-lo feito diferente.
olhávamos todos em outra direção,
mas nem sempre nos divertíamos,
nem todos os gemidos eram felizes,
nem todo o pulsar nos trazia paz.
e o que era só o tempo a passar,
logo nós que não acreditávamos no tempo,
não que refletíssemos sobre isso, mas agíamos como se assim o fosse,
olhávamos todos em outra direção,
e sem que percebêssemos,
passamos nós.